quarta-feira, 12 de abril de 2017

Argentina - Bariloche

Saudações, pessoal! Como disse que faria, agora é a vez do que ficou entre o primeiro e nono dia da viagem para a Argentina... Bariloche! Você pode ler o que escrevi sobre Buenos Aires aqui nesse link.

Segundo dia de viagem na Argentina, às 11h45 do dia 9 de agosto, saiu o voo do Aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires, com destino à Bariloche, no Aeroporto Internacional Teniente Luis Candelaria, cerca de 2 horas depois, aterrissamos.

Gasta-se um tempinho para o trâmite do carro locado, previamente reservado e saindo de lá, o primeiro destino foi o Apart del Lago, que fica a cerca de 20km do aeroporto e a 5km do Centro Cívico de Bariloche. No caminho entre o aeroporto e o hotel, deu para apreciar as belas paisagens do lugar com suas montanhas carregadas de neve e lagos cristalinos lindíssimos e ter uma palhinha do que estava por vir! O hotel tem bom custo benefício, quarto relativamente amplo, vista belíssima para o Lago Nahuel Huapi na Playa Bonita e excelente comida a preços razoáveis. Porém, como nem sempre tudo é perfeito, tivemos um problema com o aquecimento do quarto na qual ficou muito quente e não se podia controlar individualmente de dentro do quarto, o jeito foi compensar o calor dormindo com a janela aberta, 30 graus no quarto e 2 lá fora, no fim, deu até que certo. Reclamei, arrumaram só no segundo dia, para dar problema no terceiro dia novamente, motivo suficiente para ficar incomodado e falar para mim mesmo que não me hospedarei mais lá numa segunda visita.
Quarto do Apart del Lago
"Quintal" do hotel, Playa Bonita com o lago Nahuel Huapi
Lago Nahuel Huapi
Lago Nahuel Huapi no por-do-sol
Esse primeiro dia na cidade foi mais para colocar algumas coisas em ordem para nos preparar para os dias que viriam, então o destino foi o centro da cidade para pagar a reserva da Noite Nórdica e do passeio de catamarã, Cau-Cau, que so aceitavam pagamento pessoalmente e na qual detalharei ambos daqui a pouco. Na sequencia, uma caminhada pela Rua Mitre, a rua mais famosa da cidade onde quase tudo relacionado a comércio e serviços acontece. Chegando ao Centro Cívico, propriamente dito, uma grande praça onde ficam vários prédios do município como a prefeitura, museu, secretarias e o monumento a Julio Roca. O final de tarde estava muito bonito e fomos caminhando até a Catedral de San Carlos de Bariloche, não lembro o motivo, mas não vi a parte interna da catedral.

Ainda houve tempo para locar as roupas de neve por 4 diárias. Recomendo locar quase tudo na cidade, a não ser que você esteja acostumado e faça viagens para lugares com neve regularmente, o gasto na compra dessas roupas acaba saindo muito caro. Não consegui me decidir por uma empresa antecipadamente na internet, então andando por lá e pesquisando na hora é que escolhi a Patagonia Showroom, no centro.

Um detalhe quanto ao carro locado, para garantir, ele ficou 90% das vezes que saia, em estacionamentos. Não custa caro e evita maiores dores-de-cabeça.

O fim do dia foi com um jantar no próprio hotel na qual fomos muito bem atendidos pelo responsável.
Monumento a Julio Roca
Prefeitura de Bariloche
Portal do Centro Cívico
Catedral de San Carlos de Bariloche
Terceiro dia, um bom café no hotel e seguimos para o Cerro Catedral, o local mais famoso de Bariloche para quem quer praticar o esqui e onde temos lindas vistas das montanhas. Chegamos às 10hs na base do cerro onde há um amplo estacionamento e seguimos para a sede da Escuela Extreme para termos 3 horas de aula com um instrutor contratado previamente no site deles. O pacote incluía também o equipamento de esqui (esqui, botas e bastões). Nos preparamos e fomos até a pista iniciantes ainda na base. Lembrando que para acessar qualquer área das pistas do cerro, é necessário adquirir, via internet ou pessoalmente, um ticket que te dá direitos a acessar diversas pistas, teleféricos e áreas do cerro de acordo com o ticket comprado. Como não conhecia nada e queria explorar um pouco, adquiri o que dava acesso geral a qualquer área de lá.

Surpreendentemente, após 2 horas de aula, eu estava esquiando! Para um aluno iniciante, claro. O professor Paulo foi muito simpático, paciente e com uma ótima didática, recomendo! As 3 horinhas infelizmente voaram. Para conhecer o topo da montanha, devolvemos os equipamentos, embora pudesse ficar até o fim da tarde com eles, e fomos conhecer o restante da montanha via teleféricos.

E vou dizer para vocês, que paisagem, que vista, que lugar magnífico! Fiz muitas fotos lá, claro. Algumas seguem abaixo:

Cerro Catedral

Mais do Cerro Catedral
Mais do Cerro Catedral
Vista de um dos teleféricos
Teleférico, o maior do Cerro Catedral
Um esquiador qualquer que me serviu de modelo :)
Outro esquiador qualquer que me serviu de modelo :)
O terceiro dia ainda não tinha acabado, às 18h45 nos pegaram no hotel para irmos até o Cerro Otto, onde nossos "quadriciclos 4x4 com esteiras" estavam prontinhos nos aguardando para o início da Noite Nórdica. Após rápidas instruções, partimos em cerca de 10 veículos. A subida pela montanha durou cerca de 1 hora, sendo por volta de 40 minutos pilotando os quadriciclos e uns 20 minutos de parada na metade do caminho para um chocolate quente em volta de uma fogueira. A velocidade dos quadriciclos é lenta, cerca de 15km/h, mas a experiência da pilotagem noturna em meio a montanha cheia de neve é muito divertida!

Após a subida, chegamos a um restaurante em meio a neve na qual já estava tudo preparado para um jantar completo, incluso no pacote. Lugar aconchegante, atendentes atenciosas e comida deliciosa! Valeu a pena todo o passeio. No final do jantar, o fotógrafo que nos acompanhou todo o trajeto oferece a venda das cerca de 25 fotos tiradas. Sugiro adquirirem para lembrança desse passeio e apoiar o fotógrafo local. Hora de entrar na van e voltar para o hotel.

Foto: equipe Noite Nórdica
Quarto dia, a manhã foi de descanso pelo dia anterior bem cansativo, para às 13h30 estarmos em Puerto Panuelo onde sairia o Catamarã Cau-Cau para um passeio de cerca de 5 horas (meio dia) pelo lago Nahuel Huapi com paradas em Isla Victoria e Bosque de Arrayanes. Adquiri o pacote vip onde há acesso a parte superior da embarcação com petiscos durante a viagem e bebida a vontade e também um menor número de pessoas, o que dá para ficar mais tranquilo, sem aperto. Embora o tempo estivesse bem frio lá fora, estava bonito para fotografar quase todo o trajeto! Um detalhe a parte do lado de fora da embarcação é o tradicional ato de dar bolachinhas para as gaivotas que acompanham boa parte da viagem. Elas fazem a festa dos turistas e fez a minha festa particular ao ficar boa parte do tempo tentando fotografá-las naquela paisagem de tirar o fôlego! No catamarã também tem uma fotógrafa que faz parte da equipe e depois te vende as fotos que tirou da gente dando as bolachinhas pros pássaros.

Gaivotas - Lago Nahuel Huapi
Gaivotas - Lago Nahuel Huapi
Gaivotas - Lago Nahuel Huapi

Lago Nahuel Huapi
A parada em Isla Victoria é guiada, se assim preferir, fiz dessa forma já que a pressa não era grande, permanecemos cerca de 1h30 na ilha e vale a pena dar uma explorada, tem lindas paisagens. Já no Bosque de Arrayanes, o trajeto é mais curto, com cerca de 45 minutos de permanência. Diz a lenda local que esse bosque inspirou Walt Disney a criar o cenário do desenho Bambi. Achei bonito, mas sem grandes impactos quando está lá dentro.
Isla Victoria
Isla Victoria
Bosque de Arrayanes
Bosque de Arrayanes
Bosque de Arrayanes - Última parada antes do retorno para Porto Panuelo
Fim do passeio, afirmo que vale muito a pena fazê-lo e conhecer mais algumas maravilhas do entorno de Bariloche.

Fim de noite e o jantar foi numa lanchonete que encontrei pela internet chamada Rock Chicken, lanches gostosos e bem servidos, nada "gourmet", mais simples, porém muito bom, resolveu nossa fome e com um valor bem baixo :).

Quinto dia, o check-out no Apart del Lago foi as 10hs, após o café da manhã. Não, não estava indo embora da Bariloche, mas somente mudando de hotel. Além dos passeios da cidade, gosto de explorar o que certos hotéis tem a oferecer, não só do conforto em si, mas da localização, vista do quarto, paisagem dos arredores do hotel, serviços, passeios, etc. Cada um a seu modo. E como havia uma janela de cerca de 5 horas do check-out para o check-in do próximo hotel, deu tempo de fazer o Circuito Chico. O Circuito Chico é um trajeto de cerca de 65km's que você pode fazer de transporte público, de van ou de carro. De carro é sempre mais tranquilo porque pode escolher seu ritmo, dá para fazer o trajeto em sentido horário ou anti-horário. Ao longo desses quilômetros há diversos pontos de paradas para fotografar, explorar ou fazer aquela refeição! O tempo não estava muito convidativo, estava muito nublado, não exploramos muito dessa vez.

Paramos para almoçar num restaurante muito bacana chamado Punto Panoramico, como o nome sugere, ele fica bem no alto da montanha proporcionando aos clientes uma vista ampla e privilegiada! Fomos bem atendidos e a comida estava ótima!

Circuito Chico - Punto Panoramico
Circuito Chico - Vista para o Llao Llao Hotel & Resort
Chegamos ao Llao Llao Hotel & Resort por volta das 14h30 para o check-in. Atendimento nota 10, instalações nota 10, comida nota 10, paisagens nota 10, tudo de melhor que pode-se querer num hotel, esse tem. Passando o êxtase inicial com o hotel, saímos para conhecer o Museu do Chocolate da Havanna, estava chovendo, então foi a melhor escolha por ser coberto, embora não tenha achado lá essas coisas, vale dar uma passada.

Quarto do Llao Llao Hotel & Resort
Museu do Chocolate da Havanna
Já ao anoitecer, fomos a um restaurante chamado La Salamandra Pulperia, é em uma casa, cheio de objetos antigos nas paredes e prateleiras, os donos são um casal, ele argentino, ela brasileira, e somente os 2 trabalham lá! Há umas 8 ou 10 mesas no local, é bem concorrido e normalmente precisa reservar com 1 mês de antecedência, dá para fazer via WhatsApp. Basicamente falando, ele cozinha, ela atende. Vi que e bem corrido, mas os 2 deram conta do recado. Atendimento impecável, a dona, Renata, é muito simpática e a comida, fantástica! Dupla que funciona maravilhosamente bem no restaurante!

Sexto dia e posso dizer que esse foi mais light, após um excelente café da manhã no hotel, visitamos primeiramente o Cerro Campanário. Há um estacionamento na base, pega-se o teleférico para subir ao topo, chegando lá há vários pontos interessantes para ver e fotografar, o tempo estava bem frio e nublado, ventava muito também, mas ainda rendeu algumas fotinhos! Infelizmente o topo estava sem neve, mas ainda assim foi válido!

Vista de cima do Cerro Campanario
Vista de cima do Cerro Campanario
Fomos em direção ao Cerro Otto, mas por azar, ventava muito lá também e fecharam o teleférico por segurança. Esse foi o lugar que aconteceu a Noite Nórdica, mas por outro ângulo, digamos. Então não fiquei triste por não subir pelo teleférico. Até fiquei um pouco, vai.

Passando pelo centro, entreguei as roupas locadas e foi a hora de aproveitar um pouco mais do hotel! Piscina aquecida do lado interno, porém o aquecimento não dava conta da temperatura do lado de fora que devia estar em uns 1 ou 2 graus. Mas arriscamos uma saidinha rápida para uma foto, ou duas, ou 20, rsss. Massagem, café da tarde, mais descanso e jantar no próprio hotel, mais um feito com perfeição na Argentina. As vezes merecemos um dia ou outro de vida mansa.

Sétimo dia, não foi necessário acordar muito cedo, estava bem frio, não havia nenhuma programação especial até o meio-dia, quando faríamos o check-out. Fomos brindados com a neve caindo nos jardins do hotel enquanto tomávamos tranquilamente o café da manhã. Lindo de se ver, houve tempo de terminar o café, pegar as câmeras e ir registrar esse momento!

Jardins do Llao Llao Hotel & Resort
Jardins do Llao Llao Hotel & Resort
Ao deixar o hotel, passamos pela Capela San Eduardo, bem próximo ao hotel, para fazer algumas fotos, bem simpática a capela, a propósito. De lá, eu quis passar novamente num mirante no Circuito Chico, já que a paisagem estaria um pouco mudada devido a neve, então aproveitei para fotografar mais um pouquinho. Saindo de lá ainda fizemos um lanchinho no McDonalds, compramos uns chocolate nas lojas Rapa Nui, que aliás, tinha um sorvete e um chocolate quente muito bons e depois na Chocolates del Turista, ambas bem famosas na região.

Capela San Eduardo
Circuito Chico
Ainda não irei embora, rss. Distante cerca de 40km do Llao Llao, o destino era a Estancia Peuma Hue, uma propriedade que conheci primeiramente na internet, entre montanhas e a beira do Lago Gutiérrez. Lindíssimo lugar, tanto no verão quanto no inverno. Há alguns poucos chalés, uma casa a parte que normalmente alugam para grupos maiores e a casa principal com 4 quartos, 2 no térreo e 2 no segundo andar. Neste último foi onde ficamos. Como já não era alta temporada (meio de agosto) e fizemos check-in num domingo à tarde, só ficamos nós naquele lugar imenso! Acabou sendo um serviço bem exclusivo. Fizemos todas as refeições lá,  tudo para aproveitar ao máximo o lugar, curtir e ao mesmo tempo descansar um pouco, sem precisar ir mais para a cidade.

Caminho para a Estancia Peuma Hue
Quarto da Estancia Peuma Hue
Vista do quarto
Vista da propriedade
Vista da propriedade
Vista da propriedade
Oitavo dia de viagem, era o único "dia inteiro" que tínhamos lá, então dividimos o tempo, após o café da manhã, para dar um passeio guiado à cavalo em torno da propriedade, o dia estava chuvoso, mas não perdeu o encanto do passeio, embora eu tenha ficado meio tenso porque não sei andar à cavalo direito, rsss. Almoço, breve descanso e foi a hora de por a lancha na água e dar um passeio pelo Lago Gutiérrez que fica em frente à casa principal. Ainda chovia levemente, mas foi muito divertido ainda assim!

Eu "pilotando" o Moreira :P (print de um vídeo)

Passeio de lancha (print de um vídeo)
Nono dia de viagem, as fotos começaram cedo, antes de clarear acordei e percebi que o céu estava semi-aberto, coloquei a blusa e fui para varanda tentar alguma coisa, a primeira foto da série abaixo é o resultado. Mais algum tempo e amanheceu, mais fotos para celebrar os últimos momentos em Bariloche.

Tudo ali naquela pousada foi sensacional, a recepção da Jessie, muito simpática e solícita, a moça boazinha que nos serviu em todas as refeições chamada Romina, a caprichosa chef Manuela com seus pratos deliciosos, a competente Cristhiana que nos conduziu pelo belo passeio à cavalo, o muito divertido Basile que nos levou para um passeio de lancha. Enfim, a estadia foi perfeita nessas duas diárias que estivemos lá. Áh, um salve especial pros brothers, ops, Border Collie's que me ajudaram a tirar uma das fotos que mais gostei dessa viagem, vocês verão mais abaixo.

Noturna que fiz da varanda do quarto
Amanhecer
Amanhecer
Amanhecer
Os Border Collie's
Fim da festa em Bariloche, tomamos um café rápido, check-out e seguimos para o aeroporto com destino à Buenos Aires onde já descrevi tudo em detalhes na postagem anterior e onde você pode conferir clicando nesse link.

Dicas e observações:
Passagens aéreas, melhor pesquisa: Google Flights. Companhia: Aerolíneas Argentinas
Aluguel do carro. Melhor pesquisa e contratação: Europcar através do site Rentcars
Hotel 1: Apart del Lago. Melhor pesquisa e contratação: Booking
Hotel 2: Llao Llao Hotel & Resort. Melhor pesquisa e contratação: Booking
Hotel 3: Llao Llao Hotel & Resort. Melhor pesquisa e contratação: Booking
Locação de roupa de neve: Patagonia Showroom, na Rua Palacios, 151
Cerro Catedral: http://www.catedralaltapatagonia.com
Aula de esqui: http://www.escuelaxtreme.com
Noite Nórdica: http://www.nochenordica.com
Cau-Cau: http://www.islavictoriayarrayanes.com

domingo, 2 de outubro de 2016

Argentina - Buenos Aires

Saudações, pessoal! Hoje vou falar um pouco sobre minha viagem para a Argentina. Para o post não ficar muito extenso, devido às várias fotos que selecionei, vou dividi-lo em duas partes: a primeira sobre Buenos Aires e a segunda sobre Bariloche.

Primeiro dia, o voo saiu no dia 08 de agosto às 11h15 do Aeroporto Internacional de Guarulhos em São Paulo, com chegada por volta das 14h05, no Aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires. A vantagem desse aeroporto, em relação ao Ezeiza, é que o Aeroparque fica apenas 3,5km distante do centro da cidade, enquanto o Ezeiza, fica à 35km.

A chegada na cidade foi tranquila, a primeira etapa foi pegar um táxi que me levasse ao hotel.

Taxi: Após ouvir inúmeras histórias de como é complicado andar de táxi na cidade, devido aos problemas com taxistas desonestos, digamos que comecei com o pé esquerdo, pegando o táxi no lugar errado do aeroporto, já que há uma fila oficial de táxi que eu pensei estar indo, porém posteriormente, descobri que não era lá, rsss. Na verdade, meu único problema com esse taxista, é que desconfiei que o taxímetro estaria adulterado, isso comparando depois as outras 3 viagens que fiz nesse mesmo trajeto com outros taxistas. As dicas que tenho quanto a esse assunto, são: sempre que possível, pegue táxi em pontos oficiais; sempre pague com notas pequenas; porém, a estratégia que usei para notas de 100 pesos, era separar o dinheiro e antes de dar na mão do taxista, eu confirmava com ele se estava correto, dando uma de gringão mesmo sem medo, ele confirmava antes de pegar o dinheiro na mão, uma chance a mais dele ficar inibido e uma a menos de trocar a nota legal por uma falsa. A última dica é que, caso não contrate o roaming internacional que na maioria dos casos é caríssimo, faça o download dos mapas antes de sair de casa, para usa-los offline no seu celular. Eu entrava no táxi com o mapa na mão, comentando de alguma forma o quão rápido chegaríamos em tal lugar. Outra chance a menos do taxista querer ficar dando voltinhas com você pela cidade. No fim, senti que perdi uns 60 pesos com esse primeiro taxista, algo por volta de 15 reais.

Em 15 minutos chegamos ao hotel. A ideia era ficar num hotel central, praticamente só para dormir, já que no outro dia embarcaria para Bariloche. Foi por isso que escolhi o Ibis Obelisco, hotel padrão, bom preço, bom café da manhã e bem localizado, na Av. Corrientes, a mais central de Buenos Aires.

Não houve tempo para muita coisa, mas deu para dar uma volta pela Av. Corrientes, cheia de livrarias, lanchonetes, restaurantes, teatros e casas de shows, achei sensacional essa avenida e também para chegar até o Obelisco, monumento erguido em comemoração aos 400 anos da cidade! Tive a recomendação de um amigo para conhecer a pizzaria Guerrin, uma das mais antigas e tradicionais de Buenos Aires, então a tarde foi esse o destino. Valeu a pena, pizza bem saborosa, atendimento padrão, valor razoável para caro, fiquem espertos, pois só aceitam dinheiro. Hora de voltar para o hotel e descansar um pouco para a noite, ir experimentar as tradicionais empanadas argentinas, o restaurante escolhido se chama, La Americana, fundado da mesma década de 30 da Guerrin. Hotel novamente, pois na manhã do dia seguinte sairia o voo para Bariloche.

Obelisco - Cruzamento da Av. Corrientes com Av. 9 de Julio
Casa de espetáculos Metropolitan Citi - Av. Corrientes
Pizzaria Guerrin
Obelisco - Cruzamento da Av. Corrientes com Av. 9 de Julio


Nono dia, como disse que faria, vou falar aqui somente de Buenos Aires, deixando Bariloche para a postagem seguinte, por isso pulamos para o fim do nono dia.

A chegada em Buenos Aires vindo de Bariloche foi por volta de 17h00 do dia 16 de agosto, no mesmo aeroporto, Aeroparque Jorge Newbery. Dessa vez fui ao local certo para pegar o táxi com destino ao novo hotel escolhido, o Broadway Hotel & Suites. Quarto amplo, confortável, mini cozinha, ante-sala e banheiro, na qual o único ponto negativo foi por conta dele, para mim é necessário uma reforma. Ademais, funcionários prestativos e educados, alguns deles falando português melhor que muito brasileiro. A localização é excelente, na Av. Corrientes, a meio quarteirão do Obelisco. Mais uma vez a avenida mereceu uma volta no entorno para ver mais livrarias e procurar um lugar para comer. Olhar e gostar, ver cardápio na porta, etc. O escolhido foi um chamado, La Churrasquita, amplo, bem decorado, preço razoável, funcionários apenas cumprindo o básico no atendimento, mas comida excelente, um excelente bife de chorizo com batatas, muito bem servido! Hora de ir descansar porque o dia seguinte seria um pouco puxado.

Broadway Hotel & Suites
Vista da janela do hotel
Décimo dia, por volta das 10h fomos de táxi para fazer um tour no estádio do Boca Juniors, o La Bombonera, para qualquer amante do futebol, é uma visita obrigatória na cidade! O tour foi até que rápido, passando pelo museu até desembocar nas arquibancadas. Havia um valor a mais que se quisesse, pagaria para ir até a beira do gramado e tirar foto com uma réplica da taça Libertadores. Não fiz, agora meu time tem uma própria, rsss. No final, valeu a pena a visita!

La Bombonera
La Bombonera
Saindo de lá, a cerca de 3 quarteirões, a direção foi o Caminito, nada mais é que algumas ruas no bairro La Boca, o mesmo do estádio, na qual podemos dizer que seria uma espécie de museu a céu aberto, com diversos restaurantes, lojas e atividades culturais pelas vias, com artistas de rua e tudo o mais. Não é algo que tenha que gastar muitas horas, mas vale a visita quando estiver no bairro, sem sombra de dúvida.

Caminito
Caminito
Outro táxi e agora o destino foi a Plaza de Mayo, lugar de suma importância pros Argentinos, centro político da nação e os arredores possuem uma gama enorme de prédios famosos. Para iniciar essa área, a própria praça, local de vários protestos importantes no país com a famosa Casa Rosada, sede da presidência da república  argentina. Logo em seguida, o Banco de la Nacion Argentina, ainda na praça. Antes de voltar sentido contrário da praça, a direção foi Puerto Madero para uma visita ao Buque Museo Fragata Sarmiento, uma fragata datada do fim do século XIX, onde se pode visitar quase todos os espaços da embarcação, conhecendo um pouco mais de como funcionava a marinha daquela época. Achei fantástico por gostar desse tema também, vale a visita e custa bem baratinho para entrar.

Casa Rosada
Banco de la Nación Argentina
Puerto Madero com Fragata Sarmiento
Fragata Sarmiento
Fragata Sarmiento - Detalhe
Puerto Madero
No caminho de volta para a Plaza de Mayo encontramos o Centro Cultural Néstor Kirchner, uma bela arquitetura em frente uma praça que estava em reforma no momento, tentei cortar a foto onde pude. Em seguida, ao longe o prédio da sede do Exército e Ministério da Defesa Argentina. Na sequencia, já na praça novamente, encontra-se a Catedral Metropolitana, uma mistura de arteuitura que começou no século XVI passando por várias ampliações e reformas ao longos dos demais séculos. Na minha opinião, ainda mais bonita dentro, que fora. Nesse local há o mausoléu do General José de San Martin, importante figura histórica para os sulamericanos.

Centro Cultural Néstor Kirchner
Edifício Libertador, sede do Exército e Ministério da Defesa
Catedral Metropolitana
Catedral Metropolitana
Na saída da igreja, ainda na praça, avistamos o Museo Histórico Nacional del Cabildo y la Revolución de Mayo (ufa!) e ao fundo, parte do Palacio Legislativo. Passou da hora do almoço nesse momento, o objetivo foi chegar ao famoso e tradicional Café Tortoni através da Avenida de Mayo. O lugar estava cheio, porém sem espera, o valor é alto para um lanche sem muitas pretensões, mas o atendimento, decoração e tradição do local, acabam valendo a pena. O chocolate quente espesso deles é uma delícia! É tão espesso que vem um pouco de leite quente a parte, caso queira ir misturando um pouco mais! Recomendo! O resto da tarde foi para passear pela Rua Florida, tradicional ponto de compras na cidade, porém para nós brasileiros, com a atual situação das moedas na data que fui, não valia a pena comprar praticamente nada. Quase tudo era mais em conta no Brasil. Passagem rápida por um Starbucks e ida para descansar de volta no hotel.

Museo Histórico Nacional del Cabildo y la Revolución de Mayo e Palacio Legislativo
Cafe Tortoni
A noite o passeio foi para jantar e ver o espetáculo de tango na tradicional casa Señor Tango. A noite começou com um excelente jantar (entrada, prato principal e sobremesa) por volta das 20h e as 22h iniciou-se o grande espetáculo até a meia noite. É um mix de história argentina com o tango. Só posso dizer que é um show fantástico, excelente, maravilhoso e que todos sairam boquiabertos da casa no final da apresentação. É algo simplesmente espetaculular, faltam adjetivos para expressar o quanto gostei! Infelizmente, não pode fazer fotos durante o show, eu como fotógrafo de shows, quase tremia de abstenção, hahaha.Tudo que posso fazer é recomendar!

Señor Tango
Décimo primeiro dia, foi um pouco mais tranquilo que o anterior (nem tanto) e começou com uma passagem, apenas extera, na Iglesia Nossa Senhora del Pilar e logo após, um tour no famoso Cemitério da Recoleta, onde há magnificos mausoléus e talvez o mais famoso deles, embora simples, da atriz e líder política argentina, Eva Perón, quase cultuada por boa parte dos argentinos. Vale a pena ir atrás da história que está "por trás" desse nome! Saindo de lá, o próximo o objetivo era chegar na Floralis Generica, um grande monumento em formato de flor metálica que se abre e fecha de acordo com o período do dia. No caminho até la, uma breve passagem pela praça e pelo prédio da Faculdade de Direito de Buenos Aires.

Iglesia Nossa Senhora del Pilar
Cemitério da Recoleta
Cemitério da Recoleta
Monumento ecuestre a Carlos María de Alvear
Faculdade de Direito de Buenos Aires
Floralis Genérica
Próxima parada foi o Museo de Bellas Artes, a entrada foi gratuita e as obras do museu são de primeiríssima qualidade, com grandes nomes do mundo artítisco mundial! Chegou a hora da fome, nada melhor, para quem gosta, que estando naquela região, de uma passadinha do Hard Rock Café. Lanches excelentes e aquele clima que só o Hard Rock tem. No trajeto, uma passadinha pela Plaza Francia, bem simpática com seu monumento. A caminho do hotel, uma passada pela fachda do belíssimo Teátro Colon e do Tribunal de Justiça e pausa para descanso no hotel.

Museu de Belas Artes de Buenos Aires
Teátro Colon
Tribunal de Justiça
Anoitece e o objetivo é pegar um taxi para ir até Puerto Madero, além das fotos noturnas que gostaria de tirar (e que nao tive tanto sucesso assim), inclusive da Ponte de las Mujeres que nao fotografei no dia anterior, a ideia era jantar no restaurante Cabaña Las Lilas, altamente recomendado por alguns amigos e pelas pesquisas na internet que fiz previamente. Tiro certeiro, restaurante com a comida deliciosa, dessa vez e o que faltava, foi experimentar o medalhão de lomo, magnífico! Atendimento excelente, comida de primeira, vista para a margem do rio mas preço alto, poróm não exorbitante pelo que oferecem. Recomendo!


Puerto Madero
Puerto Madero
Ponte de la Mujeres - Puerto Madero
Décimo segundo dia, hora de fazer as malas e pegar o voo de volta para São Paulo que saiu às 11h05. 

O que ficou de Buenos Aires foi um grande cala-boca para minha pessoa. A cidade é organizada, a arquitetura é maravilhosa, o turismo é bem explorado pelos argentinos, a cultura é linda em vários setores que pude experimentar, a segurança é mais acurada que em São Paulo, principalmente nas áreas centrais. Fotografei sem medo de ser assaltado, claro que com cuidado de quem é acostumado a grandes cidades. A comida é maravilhosa, principalmente para quem, como eu, é amante de carnes! Enfim, quer fazer uma viagem internacional, explorar a cultura local e não gastar muito? Conheça Buenos Aires!

Dicas e observações:
- Passagens aéreas. Melhor pesquisa: Google Flights. Companhia: Latam.
- Hotel 1: Ibis Obelisco. Melhor pesquisa: Trivago
. Contratação: próprio site do hotel.
- Hotel 2: Broadway Hotel & Suites. Melhor pesquisa e contratação: Booking.
- Señor Tango. Reservas e pagamento: próprio site.
- La Bombonera. Compra de entradas no próprio local.
- Buque Museo Fragata Sarmiento. Compra de entradas no próprio local.
- Catedral Metropolitana.: entrada gratuita.
- Cemitério da Recoleta: entrada gratuita.
- Museu de Belas Artes: entrada gratuita.
- Taxi: é um transporte barato lá, vale a pena. Tente seguir um pouco das dicas que passei lá em cima.